A paz que vem do alto: o chamado da alma para o serviço maior

Há um silêncio que não é vazio, mas pleno. Um silêncio que não nasce da ausência de ruído, mas da presença de sentido. É nesse lugar sagrado, onde a alma finalmente repousa, que descobrimos uma verdade inescapável: a alma só encontra paz quando serve a algo maior que si mesma. Vivemos tempos em que a ideia de “ser feliz” foi sequestrada por um narcisismo bem-disfarçado de autoconhecimento. A promessa de liberdade pessoal foi reduzida à busca incessante por experiências, confortos e validações. E, no entanto, quanto mais o indivíduo gira em torno de si mesmo, mais ansioso, solitário e fragmentado ele se torna. O ego, quando posto no centro do universo, vira um tirano insaciável. Ele promete paz, mas entrega exaustão. Promete autonomia, mas gera isolamento. Por outro lado, há uma paz que não se alcança por conquista, mas por entrega. Uma serenidade que não vem do acúmulo, mas da consagração. Servir a algo maior — seja uma causa, um povo, uma verdade, uma missão espiritual, uma obra etern...