O selo e o destino: a virtude da perseverança inabalável

No mundo disperso em que vivemos, onde estímulos saltam como labaredas de fogos de artifício e convites à distração chegam a cada minuto, torna-se quase revolucionário o ato de permanecer. “Seja como um selo de correio: fique grudado em uma coisa até chegar ao seu destino.” Essa frase, aparentemente simples, guarda uma das virtudes mais raras e poderosas da existência humana: a perseverança. O selo não pensa, não duvida, não se justifica. Ele apenas cumpre seu propósito com tenacidade silenciosa. Uma vez colado, ele não volta atrás. A missão é clara: chegar. Que diferença do espírito humano moderno, tão propenso a abandonar jornadas no meio, a trocar convicções por conveniências, a sacrificar grandes destinos por pequenos confortos. O selo, então, nos envergonha — e nos inspira. Perseverar é resistir ao apelo das mil possibilidades que surgem para nos distrair daquilo que importa. É não largar mão daquilo que dissemos que era essencial, mesmo quando ninguém está olhando, mesmo quando o...