Quando tentarem te apagar, lembra-te que és um sol, não uma vela
Há momentos em que o mundo parece querer nos diminuir. Olhares que não enxergam, palavras que ferem, silêncios que gritam nossa ausência. E nesses instantes, é fácil esquecer quem somos. Somos tentados a nos ajustar, a diminuir a luz, a caber no molde apertado da aceitação alheia. Mas aí está o erro: confundir-se com uma vela frágil, ao invés de lembrar que se é um sol.
A vela precisa de proteção. Qualquer vento pode apagá-la. Vive na dependência de circunstâncias favoráveis. O sol, por outro lado, é autossuficiente. Queima de dentro para fora. Sua luz não vem de fora — é sua natureza. Ele não precisa ser visto para continuar brilhando. Ele brilha porque é o que é.
O sol não pede permissão para nascer. Ele não se esconde porque nuvens apareceram. Não se apaga porque alguém o ignorou. Ele cumpre seu propósito: iluminar, aquecer, gerar vida. E mesmo quando parece ausente, está lá, acima das tempestades, fiel ao seu ciclo, inabalável em sua missão.
Ser sol é escolher a inteireza ao invés da aceitação superficial. É sustentar-se por convicção, não por aplauso. É ter consciência de que, ao brilhar, inevitavelmente incomodará os que se acostumaram à escuridão — mas mesmo assim, continuar brilhando.
Na liderança, isso exige coragem para dizer o que precisa ser dito, mesmo que doa. Exige postura reta, mesmo quando todos se curvam à conveniência. É decidir pelo impacto, não pela simpatia. Um líder-sol não se molda às expectativas frágeis dos que temem a luz. Ele aponta caminhos, expõe sombras, provoca crescimento.
Na comunicação, ser sol é falar com clareza, não com timidez. É emitir verdades que libertam, não palavras que apenas agradam. É ser farol para os perdidos, não espelho dos que só querem confirmação. Falar como sol é correr o risco de ser mal interpretado, mas nunca o risco maior de ser irrelevante.
Na vida pessoal, é romper com relacionamentos que só te aceitam apagado. É sair de ambientes que exigem silêncio onde sua alma pede canto. É abandonar papéis que sufocam sua autenticidade. Sol nenhum cabe em caixas — e viver como vela por medo de rejeição é uma forma lenta de morrer.
Espiritualmente, o sol é símbolo do espírito desperto. O divino dentro de nós não se reduz ao que os outros suportam. A centelha eterna não mendiga espaço. Deus, a fonte de toda luz, não apaga ninguém — somos nós que aceitamos ser apagados. E isso é uma traição ao que há de mais sagrado em nós.
Por isso, quando quiserem te apagar — com críticas disfarçadas de conselhos, com ausências que buscam te fragilizar, com ambientes que sufocam teu brilho — lembra-te: tu és um sol. Tens uma missão que transcende a opinião alheia. Tens uma luz que não depende de velas acesas ao redor. Tens um fogo que não se negocia.
E se o preço de manter tua luz for a solidão temporária, que seja. Melhor ser sol solitário do que vela entre sombras que a qualquer sopro desaparece. O mundo precisa de tua luz íntegra, não de tua presença adaptada.
Então, a decisão é tua: vais viver como vela, com medo do vento? Ou como sol, com coragem de ser quem és, mesmo quando o mundo te vira as costas?
Pergunta final: Em que parte da tua vida tens vivido como vela — e o que seria necessário para assumir o teu brilho de sol, custe o que custar?
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