Rumo à harmonia: como sobreviver e prosperar na "Era do Rancor!"
“A era dos rancores!? Tudo é ofensivo porque parece atender a uma necessidade que temos de contestar. Contra quem, contra o que? Contra a questão que estiver na moda. Ou contra aquele que foi flagrado em erro. Que erro? Os mesmos que podemos cometer quando ninguém nos observa. A fogueira pública nos distrai da fraqueza que queremos esquecer. Estamos reativos, pouco reflexivos...”.
Esse texto é de autoria do Padre Fábio de Melo - ele pode ser tanto um grito de alerta quanto um sinal de perplexidade frente ao mundo contemporâneo. Vivemos em uma época em que a facilidade de expressão, graças às redes sociais e outras formas de comunicação digital, tem um lado sombrio: a propagação rápida de negatividade e rancores. O filósofo francês Voltaire, no século XVIII, já alertava: “Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo”. Este é um lembrete da importância da tolerância e do respeito pelas opiniões alheias, valores que parecem estar se perdendo na nossa "era dos rancores".
Neste cenário, é essencial refletir sobre como estamos contribuindo para este ambiente. Muitas vezes, sem perceber, somos rápidos em julgar e lentos para compreender. A Bíblia, em Tiago 1:19, nos aconselha: “Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Essa sabedoria milenar nos ensina o valor da paciência, do ouvir atento e da moderação nas respostas. Estas são virtudes essenciais para a construção de um ambiente mais harmonioso e menos reativo.
Mas como resistir à tentação de cair na armadilha dos rancores? A resposta pode estar na autoconsciência e na prática da empatia. O sociólogo Zygmunt Bauman destacou a importância de se conectar verdadeiramente com os outros, afirmando que “a incapacidade de comunicação verdadeira e significativa é a mais dolorosa forma de solidão”. Portanto, devemos buscar entender o ponto de vista do outro antes de reagir impulsivamente.
Além disso, é fundamental cultivar a serenidade interna. Como disse o filósofo Sêneca, “A verdadeira felicidade é desfrutar o presente, sem ansiosa dependência do futuro”. Isso significa aprender a valorizar o momento presente e não permitir que os rancores do passado ou as preocupações com o futuro dominem nossos pensamentos e ações.
Neste contexto, a espiritualidade também oferece um caminho de refúgio e reconexão com valores mais profundos. Práticas como a meditação, a oração ou simplesmente momentos de reflexão podem ajudar a acalmar a mente e a encontrar paz em meio ao caos.
Para concluir, na “era dos rancores”, o desafio é ser um agente de mudança positiva. Isso implica em promover a compreensão, a tolerância e a gentileza, tanto nas interações online quanto nas presenciais. Como Mahatma Gandhi sabiamente disse: “Seja a mudança que você deseja ver no mundo”. Através de pequenas ações e atitudes, podemos começar a transformar o mundo ao nosso redor e trazer de volta o silêncio, a reflexão e a paz que tanto sentimos falta.
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